Eu vivo em Santidade. (Palavra do 1º Encontro Jovens Valiosos)


O homem foi criado santo; separado para viver em intima comunhão com Deus. Ele recebeu de Deus a ordem para manter-se separado; não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal – Não obedecer essa ordem implicaria em pecado (rebelião e desobediência), e isso inverteria a direção no processo de separação – ao pecar o homem que foi criado separado para Deus, se separou de Deus e se aproximou da árvore, do pecado – (Is. 59:2).

Jesus veio para converter / mudar a direção que pelo pecado foi invertida – foi o que aconteceu conosco – (Cl. 1:13) ele nos transportou das trevas para a Luz – Fomos feitos santos: separados das trevas PARA a Luz - portanto, ser santo é ser separado; separado DO / PARA. Não é só ser separado do pecado, mas ser separado para Deus.

No momento que nos convertemos fomos feitos santos – fomos colocados em Cristo pelo batismo – isso foi instantâneo, resultado da obra da cruz! (Ef. 1:3-7). Em Cristo fomos livres da culpa do pecado (justificação – Rm. 5:; 8:1), livres do poder do pecado (santificação – Rm. 6:1-14), mas ainda seremos livres da presença do pecado (glorificação Rm. 7:14-25).

Hoje somos santos que por causa da presença do pecado, temos uma luta diária com o mesmo (Hb. 12:1-2). Em Cristo fomos feitos santos, separados do pecado mas precisamos seguir nos separando dele e nos aproximando de Deus diariamente – isso tem muito haver com o que Jesus falou em Lucas 14:25,26,27,33) – Esse é o aspecto progressivo da santificação – somos santos mas precisamos viver em santidade - é o correr com perseverança a carreira descrita em Hebreus. Portanto ser santo não é apenas separar-se de, mas é também separar-se para – não é apenas deixar de ser o que era e deixar de fazer o que fazia; mas é também passar a ser quem sou e fazer o que fui chamado para fazer.

Ef. 4:22-29 – Há aqui nesse texto 3 passos: despir-se, renovar-se e revestir-se. Paulo usa aqui uma ilustração cotidiana, para demonstrar os passos da vida cristã. Ele usa a ilustração da troca de roupa para referir-se à santificação. O ciclo é o seguinte: você se despe do velho homem, renova-se no espírito do seu entendimento e reveste-se do novo homem (Ef. 4:22-24). Ou seja: primeiro nos separamos do pecado mortificando nossa velha natureza e paixões da carne e segundo nos revestimos e fortificamos em Cristo; nos aproximamos/separamos para Deus.

Na prática ele diz que esse processo se dá quando o cristão deixa a mentira (despir-se do velho homem) e fala a verdade (reveste-se do novo homem). Param de furtar e começam a trabalhar. Param de falar palavras torpes e começam a falar o que edifica. Viver em santidade não restringe-se a separar-se do pecado, mas a separar-se para Deus.

A parte de Deus em Cristo foi feita; somos santos – mas como diz apocalipse a nossa parte que é viver em santidade precisa ser feita diariamente – Ap. 22:11 –“...o santo continue a santificar-se”.

Sobre esse aspecto da santificação que é nossa responsabilidade, Paulo escreve em I Ts. 4:3-8 - Nesse texto a vontade de Deus está explicita: a vossa santificação! O texto sugere o que deve ser feito para nos santifcarmos: abster-se da prostituição – possuir o próprio corpo em santificação e honra - não sujeitar-se ao desejo lascivo – não ofender - nem defraudar o irmão. Um exemplo claro de defraudação é no namoro como se entende hoje (beijos, abraços, toques, carícias e amassos), o rapaz ou a moça ao trocar carícias, fatalmente entrarão em um ponto de excitação, se forem hormonalmente saudáveis; como ambos não podem se satisfazer, consumar o ato sexual, ocorre aí a defraudação) – Paulo diz qual a postura de Deus sobre isso: vingador – O apóstolo afirma para que fomos chamados por Deus: santificação e não impureza – É interessante lembrar que Paulo diz que quem rejeita estas coisas não rejeita o homem mas o próprio Deus.

No que se refere a viver em santidade sobretudo na vida dos jovens solteiros, essa relação com o próprio corpo e com o sexo oposto tem se constituído no principal desafio por pelo menos 2 fatores: Primeiro por terem que lidar com os hormônios/desejos sexuais que são normais, mas que só devem ser satisfeitos no tempo certo (maturidade) e com a pessoa certa (esposo (a) - e Segundo por terem que vencer o presente século que banaliza cada vez mais o sexo – e mesmo dentro da igreja muitos rejeitam a vontade de Deus e sucumbem às pressões e não conseguem viver em santidade.

Namoro é um fenômeno moderno; se voltarmos a +/- 150 anos não encontraremos na maior parte da história da humanidade evidências dessa pratica (como se vê e se entende hoje).

Vejamos a Evolução na História: 

Anos 30 e 40 - "Por volta dos anos 40, depois da segunda guerra mundial, foi que as mulheres conquistaram o namoro no portão com hora marcada, vigiada por pais e irmãos. o comportamento dos casais não ia além de leves toques de mãos. beijo, nem pensar". nos anos 30 nem isso se tinha.

Anos 50 - Nos anos 50 os rapazes ganharam o direito de atravessar o portão e se instalar no sofá da sala. "Sempre sob o olhar do elemento mais natural da família, a famosa "vela", que era um desocupado (avó ou irmão), que ficava junto ao casal para não facilitar qualquer gesto além de um olhar, um sorriso", era muito claro nessa época que intimidade física e sexo só depois do altar. 

Anos 60 - Até que chega os anos 60, e com ele a revolução hippie, a pílula anticoncepcional, a contracultura e o "é proibido proibir". "Beijos, abraços e até filhos precoces começaram a despontar com a rebeldia da época e o sexo acabou banalizado pela facilidade em consegui-lo. A partir daí instalou-se a falta de confiança entre os casais e, por conta disso, muitas relações se desfizeram em nome da liberdade, em nome dessa nova ordem".

Dos anos 60 para cá, dispensa comentários; as coisas só pioraram. Namoro como se conhece hoje, com certeza não é modelo bíblico e sim coisa da revolução hippie dos anos 60. Portanto, tanto nos tempos bíblicos e até na nossa história antiga, namoro nada tinha a ver com beijos, carícias, toques e muito menos sexo. 

Entrar na contra mão do mundo e não se conformar é o primeiro passo para se viver em santidade e isso não é invenção do homem, mas é vontade de Deus – por isso Paulo diz que quem rejeita isso não rejeita o homem, mas a Deus - e o assunto aqui não é não poder namorar; o assunto é que se quero viver em santidade, não devo namorar (já que namoro hoje envolve intimidade física; coisa que só é direito de marido e mulher).

I Co. 7:3-5 - esse texto deixa claro que o corpo só passa a ser um do outro depois que se tornam marido e mulher. Antes disso são apenas irmãos que se gostam; e como irmãos o corpo de um ainda não é do outro. Por isso Paulo diz para manter o corpo em santificação e honra!

I Co. 7:1-2 - Tocar aqui no texto é ter intimidade física sexual - no versículo 1 ele diz que é bom que o homem não toque (tenha intimidade física sexual com mulher); já no versículo 2 ele deixa claro que para não ser vítima da imoralidade sexual, cada um deve ter sua esposa e cada mulher o seu próprio marido, para poder tocá-lo (ter intimidade física sexual).

Namoro, principalmente nos termos que se conhece hoje, é uma prática que não encontra respaldo na bíblia. Não há nenhum exemplo bíblico que demostre positivamente intimidade física entre o casal antes do casamento. Conforme vimos, mesmo na nossa história antiga ocidental o namoro nada tinha a ver com o que se conhece hoje. Antigamente, o namoro expressava o ato de cortejar a pessoa desejada sem implicar qualquer tipo de intimidade física. Rm. 12:1-2

Para viver em santidade, vencer todo e qualquer pecado e guardar puro o seu caminho o jovem precisa atentar para a Palavra de Deus (Sl. 119:9). Se aproximar de Deus é o segundo passo que temos que tomar para viver uma vida de santidade plena. Só conseguiremos nos manter separados do pecado se nos aproximarmos de Deus – É preciso seguir o conselho de Paulo ao jovem Timóteo (I Tm. 4:7,8,12-16; II Tm. 2:22-26) – Viver em santidade é se SEPARAR DO PECADO e se SEPARAR PARA DEUS. Para isso contamos com o ESPÍRITO que é SANTO.

- Jacemã Dória.

Um comentário:

  1. Que cada dia mais nossos jovens possam ter entendimento dessas verdades. E ser separados do pecado.

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