Ao modo de Deus.


Para assumir um compromisso é necessário que o rapaz se declare para moça. Porém, recomendamos que as primeiras pessoas a serem consultadas, depois dos pastores e discipuladores, devem ser os pais da moça. Isso não está ligado a qualquer “acerto para o casamento” e sim, à demonstração de honra e respeito à autoridade daqueles que primeiro exercem essa função na vida dela. Além disso, pode poupar o rapaz de situações embaraçosas, caso a moça tenha outra pessoa em vista. Apesarde todos esses cuidados, é bom lembrar que, ao se declarar para ela, ele pode não ser correspondido. Mas, ele terá que correr o risco de levar “um fora”. Uma outra situação é que ele pode estar concorrendo com mais de uma pessoa pela chance de se comprometer com a “eleita” (enquanto ela não se definir você deve se considerar no “páreo”).  De qualquer maneira, existem algumas dicas importantes para se observar: Não tenha receio de levar um “fora” ou de “perder” a moça para outro interessado. Isso não deve abalar sua fé e nem desanimá-lo para outras possibilidades. Lembre-se que é o Senhor quem escolhe a noiva (Pv.19:14) Por outro lado, aquele(a) que sabe que está sendo observado(a) não deve brincar com os sentimentos da(o) interessada(o) dando a impressão de que corresponde ao interesse (Mt. 5:37). Não iluda, não despreze, não machuque. Trate todos com honra e sejam amigos, sempre deixando claro que não há nada mais do que isso (Cuidado com as carências).
Dados todos esses passos e havendo interesse recíproco, é hora de oficializar o compromisso. Isso deve acontecer de maneira pública (diante da congregação) e, se possível, com troca de alianças (noivado). É necessário que já exista, ao menos, um prazo estabelecido (não muito longo) para o casamento e metas para que esse prazo seja cumprido. Os noivos devem ser acompanhados pelos discipuladores, que os ajudarão a cumprir as metas estabelecidas como, por exemplo, onde morar, o que falta comprar, preparativos para o dia do casamento, propósito para a família, papel de cada cônjuge, etc..
Depois: Uma vez oficializado o compromisso, os noivos devem trabalhar a fim de alcançar as metas e o alvo final do casamento. Nessa etapa do relacionamento, eles deverão observar, mais do que nunca, os princípios de Santidade e Pureza que os guiará a uma conduta dentro da vontade de Deus (I Tess.4:3 a 7; Hb 12:14; Mt 5:8). Não podem se esquecer que, até o dia do casamento, são solteiros (irmãos em Cristo) e devem se portar como tal. Isso implica que não devem trocar carícias e beijos que estimulem a sensualidade ou os façam defraudar um ao outro. A regra é: Só devo fazer aquilo que faria se estivesse na frente dos pais dela(e), ou, não farei em oculto o que não faria diante dos outros (Pv. 20:21). Também, não devem se isolar ou ficar sozinhos em lugares desertos. A palavra de Deus nos fala de fugirmos da aparência do mal (I Tess. 5:22), portanto, não devemos dar brechas para que o inimigo se aproveite da situação e nos faça pecar. É um tempo para exercitar o domínio próprio (fruto do Espírito). Todas as vezes que há defraudação, o resultado é um conflito moral e um sentimento de acusação que nos impede de desenvolvermos integralmente nosso chamado e interrompe nossa comunhão com Deus e com os irmãos. É preciso que haja, rapidamente, arrependimento, confissão e uma mudança nas atitudes e hábitos para evitar novas situações semelhantes.
5)    Existem exemplos desse tipo de relacionamento na Palavra de Deus?
Temos pelo menos quatro exemplos bíblicos que ilustram bem o tipo de relacionamento e de compromisso que Deus espera de seus filhos.
-          Adão e Eva (Gn. 2:18 a 24)
-          Isaque e Rebeca (Gn. 24)
-          Jacó e Raquel (Gn. 29)
-          José e Maria (Mt. 1 e 2; Lc. 1)
Nesses exemplos existem vários princípios e lições a serem tiradas. Queremos destacar alguns que são comuns entre eles:
a)     Estavam envolvidos com Deus e com a Sua vontade;
b)     O relacionamento visava, primeiramente, satisfazer a Deus;
c)     Havia maturidade (física, emocional, espiritual, profissional);
d)     Não buscaram o jugo desigual;
e)     Confiaram e deixaram que Deus escolhesse;
f)       Tinham um bom relacionamento com as suas famílias;
g)     Os princípios de autoridade e submissão eram claros para eles;
h)     Tinham idoneidade e responsabilidade;
i)        Os noivos “pagaram o preço “ pelas suas noivas (valorizaram);
j)       As noivas eram hospitaleiras, prestativas e submissas;
k)      Não eram mulheres volúveis;
l)        Os noivos eram trabalhadores e determinados;
m)    Eles tinham proposta e alvos claros para o relacionamento.  
6)   E se, apesar de ter dado todos esses passos, chegar a conclusão de que fiz uma escolha errada para o casamento?
     Não tome nenhuma decisão precipitada. É possível que seja apenas um conflito de emoções e sentimentos. Busque conselho com seu(sua) discipulador(a).
     Se, porém, chegarem à conclusão de que não devem se casar, podem e devem desfazer o compromisso. Melhor que isso aconteça antes do que um fracasso no casamento (decisão irreversível).
     Essa decisão deve ser comunicada publicamente para que toda a congregação saiba que não estão mais comprometidos e livres para um novo relacionamento.
     Se o compromisso foi desfeito porque uma das partes foi leviana ao se comprometer, os líderes daquela pessoa deverão corrigi-la devidamente.
     Cremos, contudo, que situações como essa serão extremamente raras, devido as etapas estabelecidas nesse relacionamento.
Resumindo:                         
Por tudo aquilo que vimos até aqui, podemos concluir que:
Ø       O ambiente ideal para que os relacionamentos sejam confirmados deve ser aquele onde haja muita amizade, companheirismo, convivência, etc., ou seja, no meio do Corpo de Cristo.
Ø       Nenhum jovem deve se comprometer, sem que antes tenha se definido e amadurecido nas seguintes áreas:
a)     Física e moral – Uma pessoa em formação não pode assumir nenhuma responsabilidade como um casamento;
b)     Emocional – Estável nos relacionamentos com sua família, sociedade, negócios, etc.;
c)     Profissional – Ter condições mínimas de sustentar e dar uma vida digna para sua futura família;
d)     Espiritual – Ter descoberto sua posição no Corpo, sua função e estar envolvido na vida de serviço e de comunhão da Igreja. A mulher foi chamada para ser auxiliadora idônea do homem, por isso a importância de que ele saiba qual é a sua missão, para que ela possa auxiliá-lo nesse serviço.
Ø       Fica claro que novos convertidos não estão aptos para assumirem esse tipo de compromisso.
Ø       Não há base bíblica para relacionamentos fora do Corpo de Cristo (jugo desigual). A igreja não pode abençoar aquilo que o Senhor de antemão desaprova.
Ø       Devemos evitar todo o tipo de “torcida organizada”, dando os famosos “empurrões” e incentivando relacionamentos que ainda não estão amadurecidos no coração do rapaz e da moça. Isso pode causar constrangimentos e pressioná-los a tomar decisões, às vezes, irreversíveis.
Ø       Os pastores devem resistir às pressões para baixarem o padrão estabelecido por Deus. Há um raciocínio no mundo onde o ERRADO passa a ser COMUM que passa a ser NORMAL. Corremos o risco de perder a postura de repulsa e considerar certos pecados como inevitáveis. Define-se PROFANO como aquilo que está entre o SANTO e o IMPURO (É o comum).
Ø       Os pais devem ser muito cuidadosos ao tratarem desse assunto, para não brincarem com os sentimentos de seus filhos ou gerarem algum tipo de ansiedade neles (Ex. “ Eu queria tanto que você se casasse com fulana(o))”.
Ø       O relacionamento comprometido deve ser pautado por princípios de Santidade e Pureza, de acordo com a Palavra de Deus.
Ø       Deve existir proposta e alvos claros no relacionamento para que este não se perca por falta de objetividade, torne-se muito longo e não aponte para o casamento. No reino de Deus não existem “namorinhos”
Ø       Os casos de novos convertidos, que chegam no Reino na condição de namoro, deverão ser analisados pelos pastores individualmente.
Fim

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