Virtude 3: Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.


A MAIOR  DAS VIRTUDES

Texto base: Rm 12.10

Numa definição pura e simples do termo virtude, podemos citá-lo como uma qualidade, um dom. Qualidade de quem pratica o bem; algo que recebemos gratuitamente, como o próprio nome diz, um dom.

Quando Paulo faz essa lista de virtudes recomendadas, no texto citado, começa pelo amor. De igual modo, ao ensinar que devemos procurar com zelo os melhores dons, nos mostra o "caminho mais excelente", e faz a descrição mais linda que conhecemos a respeito do amor (I Co 13).

Como podemos amar cordialmente uns aos outros? Como podemos nos honrar mutuamente? Para responder a essas perguntas e termos um entendimento maior sobre esse mandamento do Apóstolo Paulo, precisamos saber como é o coração do qual pode emanar esse amor. Os primeiros versículos do contexto nos dão muitas luzes: Somos conclamados a nos consagrar inteiramente a Deus (Paulo usa a expressão rogo-vos), sermos inteiros na adoração, sem assumir qualquer forma mundana, mas sendo transformados pela renovação da nossa mente, uma renovação de dentro pra fora! (Rm 12.1,2)

Na sequência vemos que Paulo usa duas vezes a palavra "porque" (vv 3 e 4), dando a entender o quanto as virtudes recomendadas estão ligadas à essa consagração e mesmo dependem dela. A expressão máxima da nova vida em Cristo Jesus é o amor. O Senhor falou que o amor é a forma pela qual somos identificados como Seus discípulos (Jo 13.35)

O amor não é estático nem contemplativo. É algo tremendamente ativo, constante, tem o poder de mudar os relacionamentos humanos truncados em oásis de refrigério e cura. Uma das suas muitas maneiras de se expressar é a preferência recíproca de uns para com os outros, em honra. Isso significa que, em todas as situações, devo considerar o meu irmão mais digno que eu próprio: "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmos". (Fp 2.3) Isso me levará, sem dúvida, a serví-lo com dedicação, a respeitá-lo e isso é honrá-lo!

Como, pois, poderia haver um coração capaz de amar assim, sem uma mente transformada, que experimenta a cada dia a "boa, agradável e perfeita vontade de Deus"?

Quando apresentamos ao Senhor nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Ele, adorando-o racionalmente, (gr:logikos), isto é, espiritual e verdadeiramente, não com aquele formalismo vazio, então fluirá de nosso coração, como um manancial, o amor fraternal, ardente, não fingido, que prefere em honra, uns aos outros.

- Quico e Miriã.

2 comentários:

  1. amém! que possamos crescer no amor fraternal diariamente, isso é algo que deve ser trabalhado em nossas vidas... boa palavra!

    - Deise s.

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