SEGUNDA CHANCE



"Veio a palavra do SENHOR segunda vez a Jonas, dizendo..." (Jonas 3.1)

A história do profeta Jonas sempre foi uma das minhas favoritas, na infância. O "herói" e o "vilão" são a mesma pessoa. O poder de Deus sobre tudo (mar, ventos, peixe, pessoas, plantas, vermezinho, sol) fica tão evidente nessa maravilhosa história, citada por Jesus em seu ministério, justamente em conexão com o ápice de Sua obra por nós: Sua morte e ressurreição!

Há, contudo, um detalhe muito interessante, animador até, nessa história: é a oportunidade que Deus dá de novo a Jonas, de participar de Seu plano de salvar vidas. Nínive, capital do império Assírio, era uma cidade habitada por pessoas perversas. Essa cidade tinha uma história de rebelião contra Deus. Fundada por Ninrode, um descendente do irreverenteCam, um dos filhos de Noé, seu princípio era Babel, isto é, confusão. O império Assírio foi notório na antiguidade pela maneira cruel como tratava seus conquistados e pela devassidão da vida de seus cidadãos. Crueldade, maldade, imoralidade... isso lembra alguma coisa?

Exatamente para esse lugar Deus manda um Seu mensageiro, para levar um recado: uma oportunidade de arrependimento, de mudança de vida, para evitar a punição divina. Jonas deve ter se arrepiado todo, da cabeça aos pés e decidiu sumir da presença de Deus, como se isso fosse possível. Vai para o porto de Jope, embarca num navio que ia o mais longe possível de Nínive. Em meio à viagem, é "surpreendido" por Deus, que lhe aplica a disciplina, que é um dos pontos atrativos de toda a história. Mas os olhos de Deus estavam atentos a Jonas, que se arrepende e ora ao Senhor. Quando alguém ora, de verdade, Deus sempre ouve. E Jonas tem sua segunda chance de obedecer. Deus faz a mesma convocação, exatamente como da primeira vez. E os ninivitas também tiveram o oportunidade de uma mudança de vida. Souberam aproveitá-la!

Deus se revela nessa maravilhosa história, de muitas maneiras:

1. Todo-Poderoso, podendo usar e controlar o que for preciso para executar Seu plano de resgatar vidas
2. Deus amoroso, disposto a perdoar os pecadores, independentemente do que fizeram, desde que se arrependam
3. Deus das oportunidades: nova oportunidade a Jonas, quando poderia facilmente usar outra pessoa e descartar aquele que O desobedeceu tão explicitamente; oportunidade aos habitantes de Nínive, para uma nova vida
4. Deus que dialoga com as pessoas, tratando pacientemente com elas, como faz com Jonas, no capítulo 4, o último do livro.

Às vezes nos sentimentos inadequados ou mesmo excluídos do "rol das pessoas aceitas e chamadas por Deus". Há alguém muito interessado em nos fazer sentir assim, o diabo, velho inimigo de Deus e nosso inimigo. Tal sentimento não é verdadeiro, é apenas um sentimento. Na verdade, Deus está dando a cada um de nós, sempre mais uma oportunidade para nos achegarmos a Ele, desfrutar de Seu amor e perdão, participarmos de Sua obra fantástica de resgatar vidas. Com Deus não há impunidade, isso também é verdade. Ele é Justo e Verdadeiro. Mas este é o tempo em que Ele oferece, gratuitamente, a cada um, a oportunidade de vida abundante.

Ele faz isso através de Seu Filho, JESUS CRISTO, o Resgatador, Salvador, Libertador e único Senhor. Ele, sofrendo o castigo por nós na cruz, recebeu em nosso lugar a punição pelos nossos pecados. A dívida foi paga e, para torná-la eficaz, a pessoa precisa arrepender-se e crer nEle. Isso é ter fé em Jesus. É assim que somos salvos: de graça, mediante a fé. Mas virá um dia, e está muito próximo, em que esse tempo se findará, o tempo das oportunidades, das segundas chances,chegará ao fim, e as contas serão acertadas. Quem aproveitou a oportunidade, entrará para a Vida Eterna no Céu, com Deus, mas todo aquele que desperdiçou, desprezou a mensagem, rejeitou o convite, não acreditou, será para sempre separado de Deus, para o castigo eterno. (Mateus 24.31-46)

É sua hora, é sua oportunidade, não deixa passar a chance! Deus o chamou já uma vez, está chamando agora, de novo: é a sua hora!

- Quico e Miriã.

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Paulo Junior - A santidade necessária para a igreja ser relevante


E ai galera.
Um vídeo muito interessante sobre Santidade. Muitas verdades ditas em pouco tempo!
Espero que gostem! Vale a pena cada minuto!

Em Cristo,
Felipe Wagner

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Eu vivo em Santidade. (Palavra do 1º Encontro Jovens Valiosos)


O homem foi criado santo; separado para viver em intima comunhão com Deus. Ele recebeu de Deus a ordem para manter-se separado; não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal – Não obedecer essa ordem implicaria em pecado (rebelião e desobediência), e isso inverteria a direção no processo de separação – ao pecar o homem que foi criado separado para Deus, se separou de Deus e se aproximou da árvore, do pecado – (Is. 59:2).

Jesus veio para converter / mudar a direção que pelo pecado foi invertida – foi o que aconteceu conosco – (Cl. 1:13) ele nos transportou das trevas para a Luz – Fomos feitos santos: separados das trevas PARA a Luz - portanto, ser santo é ser separado; separado DO / PARA. Não é só ser separado do pecado, mas ser separado para Deus.

No momento que nos convertemos fomos feitos santos – fomos colocados em Cristo pelo batismo – isso foi instantâneo, resultado da obra da cruz! (Ef. 1:3-7). Em Cristo fomos livres da culpa do pecado (justificação – Rm. 5:; 8:1), livres do poder do pecado (santificação – Rm. 6:1-14), mas ainda seremos livres da presença do pecado (glorificação Rm. 7:14-25).

Hoje somos santos que por causa da presença do pecado, temos uma luta diária com o mesmo (Hb. 12:1-2). Em Cristo fomos feitos santos, separados do pecado mas precisamos seguir nos separando dele e nos aproximando de Deus diariamente – isso tem muito haver com o que Jesus falou em Lucas 14:25,26,27,33) – Esse é o aspecto progressivo da santificação – somos santos mas precisamos viver em santidade - é o correr com perseverança a carreira descrita em Hebreus. Portanto ser santo não é apenas separar-se de, mas é também separar-se para – não é apenas deixar de ser o que era e deixar de fazer o que fazia; mas é também passar a ser quem sou e fazer o que fui chamado para fazer.

Ef. 4:22-29 – Há aqui nesse texto 3 passos: despir-se, renovar-se e revestir-se. Paulo usa aqui uma ilustração cotidiana, para demonstrar os passos da vida cristã. Ele usa a ilustração da troca de roupa para referir-se à santificação. O ciclo é o seguinte: você se despe do velho homem, renova-se no espírito do seu entendimento e reveste-se do novo homem (Ef. 4:22-24). Ou seja: primeiro nos separamos do pecado mortificando nossa velha natureza e paixões da carne e segundo nos revestimos e fortificamos em Cristo; nos aproximamos/separamos para Deus.

Na prática ele diz que esse processo se dá quando o cristão deixa a mentira (despir-se do velho homem) e fala a verdade (reveste-se do novo homem). Param de furtar e começam a trabalhar. Param de falar palavras torpes e começam a falar o que edifica. Viver em santidade não restringe-se a separar-se do pecado, mas a separar-se para Deus.

A parte de Deus em Cristo foi feita; somos santos – mas como diz apocalipse a nossa parte que é viver em santidade precisa ser feita diariamente – Ap. 22:11 –“...o santo continue a santificar-se”.

Sobre esse aspecto da santificação que é nossa responsabilidade, Paulo escreve em I Ts. 4:3-8 - Nesse texto a vontade de Deus está explicita: a vossa santificação! O texto sugere o que deve ser feito para nos santifcarmos: abster-se da prostituição – possuir o próprio corpo em santificação e honra - não sujeitar-se ao desejo lascivo – não ofender - nem defraudar o irmão. Um exemplo claro de defraudação é no namoro como se entende hoje (beijos, abraços, toques, carícias e amassos), o rapaz ou a moça ao trocar carícias, fatalmente entrarão em um ponto de excitação, se forem hormonalmente saudáveis; como ambos não podem se satisfazer, consumar o ato sexual, ocorre aí a defraudação) – Paulo diz qual a postura de Deus sobre isso: vingador – O apóstolo afirma para que fomos chamados por Deus: santificação e não impureza – É interessante lembrar que Paulo diz que quem rejeita estas coisas não rejeita o homem mas o próprio Deus.

No que se refere a viver em santidade sobretudo na vida dos jovens solteiros, essa relação com o próprio corpo e com o sexo oposto tem se constituído no principal desafio por pelo menos 2 fatores: Primeiro por terem que lidar com os hormônios/desejos sexuais que são normais, mas que só devem ser satisfeitos no tempo certo (maturidade) e com a pessoa certa (esposo (a) - e Segundo por terem que vencer o presente século que banaliza cada vez mais o sexo – e mesmo dentro da igreja muitos rejeitam a vontade de Deus e sucumbem às pressões e não conseguem viver em santidade.

Namoro é um fenômeno moderno; se voltarmos a +/- 150 anos não encontraremos na maior parte da história da humanidade evidências dessa pratica (como se vê e se entende hoje).

Vejamos a Evolução na História: 

Anos 30 e 40 - "Por volta dos anos 40, depois da segunda guerra mundial, foi que as mulheres conquistaram o namoro no portão com hora marcada, vigiada por pais e irmãos. o comportamento dos casais não ia além de leves toques de mãos. beijo, nem pensar". nos anos 30 nem isso se tinha.

Anos 50 - Nos anos 50 os rapazes ganharam o direito de atravessar o portão e se instalar no sofá da sala. "Sempre sob o olhar do elemento mais natural da família, a famosa "vela", que era um desocupado (avó ou irmão), que ficava junto ao casal para não facilitar qualquer gesto além de um olhar, um sorriso", era muito claro nessa época que intimidade física e sexo só depois do altar. 

Anos 60 - Até que chega os anos 60, e com ele a revolução hippie, a pílula anticoncepcional, a contracultura e o "é proibido proibir". "Beijos, abraços e até filhos precoces começaram a despontar com a rebeldia da época e o sexo acabou banalizado pela facilidade em consegui-lo. A partir daí instalou-se a falta de confiança entre os casais e, por conta disso, muitas relações se desfizeram em nome da liberdade, em nome dessa nova ordem".

Dos anos 60 para cá, dispensa comentários; as coisas só pioraram. Namoro como se conhece hoje, com certeza não é modelo bíblico e sim coisa da revolução hippie dos anos 60. Portanto, tanto nos tempos bíblicos e até na nossa história antiga, namoro nada tinha a ver com beijos, carícias, toques e muito menos sexo. 

Entrar na contra mão do mundo e não se conformar é o primeiro passo para se viver em santidade e isso não é invenção do homem, mas é vontade de Deus – por isso Paulo diz que quem rejeita isso não rejeita o homem, mas a Deus - e o assunto aqui não é não poder namorar; o assunto é que se quero viver em santidade, não devo namorar (já que namoro hoje envolve intimidade física; coisa que só é direito de marido e mulher).

I Co. 7:3-5 - esse texto deixa claro que o corpo só passa a ser um do outro depois que se tornam marido e mulher. Antes disso são apenas irmãos que se gostam; e como irmãos o corpo de um ainda não é do outro. Por isso Paulo diz para manter o corpo em santificação e honra!

I Co. 7:1-2 - Tocar aqui no texto é ter intimidade física sexual - no versículo 1 ele diz que é bom que o homem não toque (tenha intimidade física sexual com mulher); já no versículo 2 ele deixa claro que para não ser vítima da imoralidade sexual, cada um deve ter sua esposa e cada mulher o seu próprio marido, para poder tocá-lo (ter intimidade física sexual).

Namoro, principalmente nos termos que se conhece hoje, é uma prática que não encontra respaldo na bíblia. Não há nenhum exemplo bíblico que demostre positivamente intimidade física entre o casal antes do casamento. Conforme vimos, mesmo na nossa história antiga ocidental o namoro nada tinha a ver com o que se conhece hoje. Antigamente, o namoro expressava o ato de cortejar a pessoa desejada sem implicar qualquer tipo de intimidade física. Rm. 12:1-2

Para viver em santidade, vencer todo e qualquer pecado e guardar puro o seu caminho o jovem precisa atentar para a Palavra de Deus (Sl. 119:9). Se aproximar de Deus é o segundo passo que temos que tomar para viver uma vida de santidade plena. Só conseguiremos nos manter separados do pecado se nos aproximarmos de Deus – É preciso seguir o conselho de Paulo ao jovem Timóteo (I Tm. 4:7,8,12-16; II Tm. 2:22-26) – Viver em santidade é se SEPARAR DO PECADO e se SEPARAR PARA DEUS. Para isso contamos com o ESPÍRITO que é SANTO.

- Jacemã Dória.

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Ao modo de Deus.


Para assumir um compromisso é necessário que o rapaz se declare para moça. Porém, recomendamos que as primeiras pessoas a serem consultadas, depois dos pastores e discipuladores, devem ser os pais da moça. Isso não está ligado a qualquer “acerto para o casamento” e sim, à demonstração de honra e respeito à autoridade daqueles que primeiro exercem essa função na vida dela. Além disso, pode poupar o rapaz de situações embaraçosas, caso a moça tenha outra pessoa em vista. Apesarde todos esses cuidados, é bom lembrar que, ao se declarar para ela, ele pode não ser correspondido. Mas, ele terá que correr o risco de levar “um fora”. Uma outra situação é que ele pode estar concorrendo com mais de uma pessoa pela chance de se comprometer com a “eleita” (enquanto ela não se definir você deve se considerar no “páreo”).  De qualquer maneira, existem algumas dicas importantes para se observar: Não tenha receio de levar um “fora” ou de “perder” a moça para outro interessado. Isso não deve abalar sua fé e nem desanimá-lo para outras possibilidades. Lembre-se que é o Senhor quem escolhe a noiva (Pv.19:14) Por outro lado, aquele(a) que sabe que está sendo observado(a) não deve brincar com os sentimentos da(o) interessada(o) dando a impressão de que corresponde ao interesse (Mt. 5:37). Não iluda, não despreze, não machuque. Trate todos com honra e sejam amigos, sempre deixando claro que não há nada mais do que isso (Cuidado com as carências).
Dados todos esses passos e havendo interesse recíproco, é hora de oficializar o compromisso. Isso deve acontecer de maneira pública (diante da congregação) e, se possível, com troca de alianças (noivado). É necessário que já exista, ao menos, um prazo estabelecido (não muito longo) para o casamento e metas para que esse prazo seja cumprido. Os noivos devem ser acompanhados pelos discipuladores, que os ajudarão a cumprir as metas estabelecidas como, por exemplo, onde morar, o que falta comprar, preparativos para o dia do casamento, propósito para a família, papel de cada cônjuge, etc..
Depois: Uma vez oficializado o compromisso, os noivos devem trabalhar a fim de alcançar as metas e o alvo final do casamento. Nessa etapa do relacionamento, eles deverão observar, mais do que nunca, os princípios de Santidade e Pureza que os guiará a uma conduta dentro da vontade de Deus (I Tess.4:3 a 7; Hb 12:14; Mt 5:8). Não podem se esquecer que, até o dia do casamento, são solteiros (irmãos em Cristo) e devem se portar como tal. Isso implica que não devem trocar carícias e beijos que estimulem a sensualidade ou os façam defraudar um ao outro. A regra é: Só devo fazer aquilo que faria se estivesse na frente dos pais dela(e), ou, não farei em oculto o que não faria diante dos outros (Pv. 20:21). Também, não devem se isolar ou ficar sozinhos em lugares desertos. A palavra de Deus nos fala de fugirmos da aparência do mal (I Tess. 5:22), portanto, não devemos dar brechas para que o inimigo se aproveite da situação e nos faça pecar. É um tempo para exercitar o domínio próprio (fruto do Espírito). Todas as vezes que há defraudação, o resultado é um conflito moral e um sentimento de acusação que nos impede de desenvolvermos integralmente nosso chamado e interrompe nossa comunhão com Deus e com os irmãos. É preciso que haja, rapidamente, arrependimento, confissão e uma mudança nas atitudes e hábitos para evitar novas situações semelhantes.
5)    Existem exemplos desse tipo de relacionamento na Palavra de Deus?
Temos pelo menos quatro exemplos bíblicos que ilustram bem o tipo de relacionamento e de compromisso que Deus espera de seus filhos.
-          Adão e Eva (Gn. 2:18 a 24)
-          Isaque e Rebeca (Gn. 24)
-          Jacó e Raquel (Gn. 29)
-          José e Maria (Mt. 1 e 2; Lc. 1)
Nesses exemplos existem vários princípios e lições a serem tiradas. Queremos destacar alguns que são comuns entre eles:
a)     Estavam envolvidos com Deus e com a Sua vontade;
b)     O relacionamento visava, primeiramente, satisfazer a Deus;
c)     Havia maturidade (física, emocional, espiritual, profissional);
d)     Não buscaram o jugo desigual;
e)     Confiaram e deixaram que Deus escolhesse;
f)       Tinham um bom relacionamento com as suas famílias;
g)     Os princípios de autoridade e submissão eram claros para eles;
h)     Tinham idoneidade e responsabilidade;
i)        Os noivos “pagaram o preço “ pelas suas noivas (valorizaram);
j)       As noivas eram hospitaleiras, prestativas e submissas;
k)      Não eram mulheres volúveis;
l)        Os noivos eram trabalhadores e determinados;
m)    Eles tinham proposta e alvos claros para o relacionamento.  
6)   E se, apesar de ter dado todos esses passos, chegar a conclusão de que fiz uma escolha errada para o casamento?
     Não tome nenhuma decisão precipitada. É possível que seja apenas um conflito de emoções e sentimentos. Busque conselho com seu(sua) discipulador(a).
     Se, porém, chegarem à conclusão de que não devem se casar, podem e devem desfazer o compromisso. Melhor que isso aconteça antes do que um fracasso no casamento (decisão irreversível).
     Essa decisão deve ser comunicada publicamente para que toda a congregação saiba que não estão mais comprometidos e livres para um novo relacionamento.
     Se o compromisso foi desfeito porque uma das partes foi leviana ao se comprometer, os líderes daquela pessoa deverão corrigi-la devidamente.
     Cremos, contudo, que situações como essa serão extremamente raras, devido as etapas estabelecidas nesse relacionamento.
Resumindo:                         
Por tudo aquilo que vimos até aqui, podemos concluir que:
Ø       O ambiente ideal para que os relacionamentos sejam confirmados deve ser aquele onde haja muita amizade, companheirismo, convivência, etc., ou seja, no meio do Corpo de Cristo.
Ø       Nenhum jovem deve se comprometer, sem que antes tenha se definido e amadurecido nas seguintes áreas:
a)     Física e moral – Uma pessoa em formação não pode assumir nenhuma responsabilidade como um casamento;
b)     Emocional – Estável nos relacionamentos com sua família, sociedade, negócios, etc.;
c)     Profissional – Ter condições mínimas de sustentar e dar uma vida digna para sua futura família;
d)     Espiritual – Ter descoberto sua posição no Corpo, sua função e estar envolvido na vida de serviço e de comunhão da Igreja. A mulher foi chamada para ser auxiliadora idônea do homem, por isso a importância de que ele saiba qual é a sua missão, para que ela possa auxiliá-lo nesse serviço.
Ø       Fica claro que novos convertidos não estão aptos para assumirem esse tipo de compromisso.
Ø       Não há base bíblica para relacionamentos fora do Corpo de Cristo (jugo desigual). A igreja não pode abençoar aquilo que o Senhor de antemão desaprova.
Ø       Devemos evitar todo o tipo de “torcida organizada”, dando os famosos “empurrões” e incentivando relacionamentos que ainda não estão amadurecidos no coração do rapaz e da moça. Isso pode causar constrangimentos e pressioná-los a tomar decisões, às vezes, irreversíveis.
Ø       Os pastores devem resistir às pressões para baixarem o padrão estabelecido por Deus. Há um raciocínio no mundo onde o ERRADO passa a ser COMUM que passa a ser NORMAL. Corremos o risco de perder a postura de repulsa e considerar certos pecados como inevitáveis. Define-se PROFANO como aquilo que está entre o SANTO e o IMPURO (É o comum).
Ø       Os pais devem ser muito cuidadosos ao tratarem desse assunto, para não brincarem com os sentimentos de seus filhos ou gerarem algum tipo de ansiedade neles (Ex. “ Eu queria tanto que você se casasse com fulana(o))”.
Ø       O relacionamento comprometido deve ser pautado por princípios de Santidade e Pureza, de acordo com a Palavra de Deus.
Ø       Deve existir proposta e alvos claros no relacionamento para que este não se perca por falta de objetividade, torne-se muito longo e não aponte para o casamento. No reino de Deus não existem “namorinhos”
Ø       Os casos de novos convertidos, que chegam no Reino na condição de namoro, deverão ser analisados pelos pastores individualmente.
Fim

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ANSIEDADE.


Texto: Lucas 12.22

"A seguir, dirigiu-se Jesus a seus discípulos, dizendo: Por isso, eu vos advirto: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir."

É interessante a maneira como Jesus inicia esse belíssimo ensino sobre a ansiedade...ou, sobre a CONFIANÇA! Ele usa as palavras por isso. Quando lemos por isso, portanto, é bom olharmos o que vem antes, para termos um entendimento melhor.

Antes, pois, de Jesus falar sobre a ansiedade, ele estava tratando da avareza e contou a parábola contida nos versos 16 a 20: Um fazendeiro, cujo campo teve uma colheita muito grande. Tamanha foi a sua safra, que ele derrubou os velhos celeiros e construiu outros maiores, onde pudesse armazenar todo o produto. Então falando consigo mesmo, disse que poderia descansar e aproveitar, pois estava abastado. Aí Deus entra naquela cena e diz: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?"

Com essa parábola Jesus ensina que nossa vida na terra é transitória e os meios de preservá-la é que estavam sendo a causa da ansiedade de seus ouvintes: o que comer, o que vestir, possuir, guardar para si mesmo. Alguém disse que a ansiedade não tem poder algum sobre o passado, não resolve questões futuras e minam nossas forças, impedindo-nos de desfrutar do presente.

Para acentuar Seu ensino, o Senhor usa dois exemplos: os corvos e os lírios. Uma ave de rapina e flores que nascem e crescem nos banhados, sem ao menos serem cultivadas. Jesus diz que Deus provê alimento a essas aves e veste os lírios com beleza e resplendor. Se Deus cuida dos corvos e dos lírios, como não cuidaria de Seus filhos?

Pessoas que não conhecem a Deus, naturalmente gastam todas as suas forças e tempo em busca dessas coisas, não sabendo que, a qualquer momento, tudo pode se acabar...menos a sua alma, essa precisa de um destino, e esse destino será eterno.

Somente uma coisa há que a pessoa pode fazer aqui na terra, que vai influenciar sobre o destino eterno de sua alma: Buscar, em primeiro lugar o Reino de Deus! (versículo 31). 

Deus não nos criou para vivermos estressados e extenuados, gemendo debaixo de todo o peso gerado pela ansiedade inútil. Deus criou você para desfrutar de Sua presença e, consequentemente, ter relacionamentos saudáveis, alegres e edificantes com seu próximo, viver em paz, na alegria do Espírito Santo. Isso não é religião, mas nos atrairá a pessoas que têm a mesma experiência e nos lançará, sem dúvida, de alguma forma, à tarefa maravilhosa que Deus espera de nós: resplandecer a Sua luz, proclamar, testemunhar aos sobrecarregados pela ansiedade, para que também sejam libertos.

Priorizar o eterno, duradouro, em vez de agastar-se com o efêmero, passageiro. Ele mesmo, Jesus, ACRESCENTARÁ todas as coisas, em Seu infinito amor e graça! "Buscai, pois, em primeiro lugar o seu reino, e estas coisas (roupas, alimentos e o mais, necessário) vos serão acrescentadas." (12.31)

- Miriã Almeida

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Divórcio e Novo Casamento


Introdução


É permitido ao homem ou à mulher divorciar-se e casar-se novamente?
Deus aprova que alguém se case com um a pessoa divorciada?

Para tratar esse complicado e controverso tema, creio que seja necessário seguir uma certa ordem metodológica:

Primeiro, analisar as passagens que tratam o assunto mais clara e diretamente e depois estudar as que são mais difíceis de compreender à luz destas. A revelação no Antigo Testamento aparece gradual e progressiva até chegar a Cristo, que é a revelação plena de Deus para todos os homens de todos os tempos. Por isso, penso que seja melhor abordarmos primeiro as passagens do Novo Testamento. Creio ser mais correto começar pelas palavras de Jesus registradas nos evangelhos, para depois considerar as passagens do Antigo Testamento à luz delas.

Segundo, enfocar primeiro a regra geral sobre o tema e depois abordar as exceções. Se tratarmos os casos de exceção primeiro, sem antes estabelecermos a regra, terminaríamos fazendo da exceção a regra e da regra a exceção, desvirtuando o ensino do Senhor.

Terceiro, resolver primeiro o aspecto bíblico do tema e depois o pastoral. Ou seja, o tratamento pastoral dos casos particulares constitui a segunda instância. Se considerarmos os casos sem ter definido o enfoque bíblico corremos o risco de emitir nossos próprios juízos baseados em raciocínios e sentimentos humanos não na Palavra de Deus.
1) O Que Jesus Disse Sobre o Assunto


Para seguir a ordem proposta, consideremos primeiro as declarações de Jesus sobre o divórcio e o recasamento, aquelas que, sem dúvida, sejam claras completas e conclusivas. Trataremos primeiro a regra geral em seguida a exceção assinalada por Jesus e por Moisés.

Os evangelhos citam quatro vezes as palavras de Jesus sobre a questão:

Marcos 10.11-12 Qualquer que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra ela; e se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério.

Lucas 16.18 Todo aquele que repudia sua mulher e casa com outra, comete adultério; e quem casa com a que foi repudiada pelo marido, também comete adultério.

Mateus 5.32 Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz que ela cometa adultério; e quem casar com a repudiada, comete adultério.

Mateus 19.9 Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.

Como se pode observar, Jesus estabelece sobre essa delicada questão uma regra geral e uma cláusula de exceção. A exceção a regra é: “a não ser por causa de fornicação”; ou o “salvo por causa de fornicação”.

Cabe destacar que nem Marcos nem Lucas incluem a cláusula de exceção; só Mateus o faz nos dois textos citados. (O fato de Mateus ser o único a incluir essa cláusula de exceção, em meu entendimento nenhuma razão que mais a frente mencionarei).
A Regra Geral


Como Já mencionei anteriormente, a primeira coisa que temos que ter claro é a regra geral estabelecida pelo Senhor. Depois abordaremos a cláusula de exceção.

É obvio que a regra geral envolve os casos daquelas pessoas que se divorciam e se casam de novo sem que exista o precedente da “fornicação”, aqueles que o fazem por sinceramente já não se quererem mais, ou não se davam bem, ou por outras razões não compreendidas na cláusula de exceção.

Analisemos algumas possibilidades:

Caso 1: Deus permite a um homem divorciar-se de sua esposa e casar-se com outra mulher? Ou a uma mulher divorciar-se de seu marido e casar-se com outro homem?

Resposta: (Não estou interpondo nenhuma explicação ou interpretação humana, apenas me limito a transcrever a clara e definitiva resposta de Jesus); “Qualquer que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra ela; e se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério” (Mc10:11-12).

Caso 2: É permitido a uma mulher que foi repudiada casar-se com outro? (Cabe a mesma pergunta a um homem repudiado por sua mulher).

Resposta: “Todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz que ela cometa adultério; e quem casar com a repudiada, comete adultério” (Mt5:32). Ou como diz a Bíblia de Jerusalém “a expõe a cometer adultério”.

Caso 3: O senhor permite que alguém se case com uma pessoa divorciada?

Resposta: “e quem casar com a repudiada, comete adultério” Mt5:32, Mt19:9, Lc 16:18).

Caso 4: Já vimos que se um homem se divorcia de sua mulher e se casa com outra, adultera. Mas, seu adultério libera a primeira mulher para casar-se com outro?

Resposta: “Todo aquele que repudia sua mulher e casa com outra, comete adultério; e quem casa com a que foi repudiada pelo marido, também comete adultério” (Lc16:18).

Qual é a condição espiritual dessas pessoas diante de Deus?

Segundo as declarações de Jesus, os que se divorciam e se casam de novo, ou os que se casam com pessoas divorciadas estão em adultério. Todos os textos reiteram isso de modo claro e conclusivo.

A gravidade dessa condição é que enquanto as pessoas continuam com essa relação ilícita, seguem estando em adultério. Jesus, quando se encontrou com a mulher samaritana que estava nessa situação, lhe disse: “cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido” (Jo4:18).
2) Jesus Interrogado Pelos Fariseus


Mateus 19:3-12
A Pergunta dos Fariseus


Os fariseus foram até Jesus com a seguinte pergunta: “é permitido ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” Mateus, como Marcos, esclarece que a intenção dos fariseus era “tentar” a Jesus. Queriam surpreender a Jesus em alguma contradição com a lei de Moisés, a fim de desacreditá-lo como enviado de Deus. Mas Jesus nunca contradisse a Moisés. Ele declarou: “Não vim para revogar a lei, mas sim para cumpri-la” (Mat.5.17-19). Moisés não falou por sua própria conta, senão da parte de Deus, o mesmo que Jesus. No que se refere à lei moral, Jesus e Moises coincidiram em tudo. Jesus não exigiu uma justiça maior que a de Moisés, senão maior que a dos escribas e fariseus, que faziam uma aplicação tendenciosa e errônea da lei.
A Resposta de Jesus


Diante dessa pergunta dos fariseus, a resposta de Jesus foi um sonoro “não”. E fundamentou seu “não” citando justamente Moisés no texto de Gn2:24. Trata-se da lei fundamental estabelecida por Deus ao instituir o matrimônio: “Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne”. E Jesus o reforçou adicionando: “Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem”.

(É interessante que Marcos em seu Evangelho, ao relatar o mesmo episódio, diz que os fariseus perguntaram se “era lícito ao marido repudiar sua mulher”, sem agregar “por qualquer motivo”, e a resposta de Jesus em ambos os casos foi a mesma).
O Contra Ataque dos Fariseus


Diante da resposta negativa de Jesus, os fariseus acreditaram ter finalmente descoberto uma contradição entre Jesus e Moisés e perguntaram: “Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?” Querendo dizer “como é que tu dizes não quando Moisés diz sim?”
Jesus não ignorava a única exceção que a lei fazia quanto ao divórcio, de acordo com Deuteronômio 24:1-4. Mas os fariseus, escondendo-se atrás dessa exceção (texto que logo analisaremos), haviam convertido a prática do divórcio numa alternativa válida e permitida por Deus, e a exceção havia se tornado quase uma regra geral, tal como acontece em nossos dias.

Jesus lhes apontou a razão da exceção: “Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio”.
O Único Caso de Divórcio Permitido no A.T.


Em que caso Moisés permitiu o divórcio?

A resposta está em Dt24:1-4: “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio...”

Esse texto diz duas coisas: A primeira é o tempo. O momento que se pode produzir o divórcio é logo que o casamento é consumado: “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela”. A segunda tem a ver com as condições em que esse divórcio é permitido: “se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa”. Como essa expressão não foi muito explícita, deu lugar a diferentes interpretações entre os judeus. Nos dias de Jesus, os mais liberais, da escola de Hiliel, sustentavam que o homem podia repudiar sua mulher por qualquer motivo. Outros seguiam a interpretação do rabino Sammai, que afirmava que “coisa vergonhosa” se referia ao adultério.

Os versículos 2,3 e 4de Dt24 dizem várias coisas:

1. Que a ruptura ou o divórcio devia acontecer formalmente, por escrito, e era de caráter definitivo.

2. Que neste único caso, os divorciados ficavam livres para casar-se com outra pessoa. Praticamente significava a anulação do matrimônio recém-contraído.

3. Que o primeiro marido não podia volta a tomar a mulher que havia repudiado se ela tivesse se unido a outro marido depois.

A dificuldade principal com essa passagem está no verso 1, por sua aparente falta de clareza. Diante disso, Jesus (que nunca caiu em contradição com Moisés), deu a correta interpretação ao declarar “Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, e casar com outra, comete" adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério” (Mt19:9).
A Cláusula de Exceção


O Que significa “a não ser por causa de fornicação”? A chave para interpretar bem estas palavras de Jesus é conhecer o significado da palavra fornicação especificamente nessa passagem. Nos equivocaríamos se aplicássemos a este texto significados que a palavra “fornicação” pode assumir em toda a Bíblia, pois sabemos que nas Escrituras, uma mesma palavra pode ter diferentes sentidos.

Vejamos alguns exemplos:
A palavra “mundo” (em grego “cosmos”) tem nas Escrituras diferentes significados: em Ef1:4, é sinônimo de universo; no salmo 24:1 do planeta Terra; em Jo3:16 de toda a humanidade; em 1Jo2:15 se refere ao sistema da sociedade atual rebelde e inimiga de Deus. Seria um erro de interpretação fazer uma soma total dos diferentes significados e aplicá-lo a cada versículo da bíblia onde aparece o termo “mundo”.

O mesmo acontece com a palavra “carne” (“sarx” em grego). Às vezes significa a carne física, o corpo; outras vezes, a humanidade; em outras, a fragilidade humana; e em outras ocasiões se refere a nossa natureza pecaminosa.

Do mesmo modo, a palavra “fornicação” (em grego “porneia”) tem na Bíblia pelo menos cinco significados diferentes:

1. Fornicação = relação sexual entre solteiros (ex: 1Co7:7, Dt22:21, Lv 19:29, 1Ts4:3-4).

2. Fornicação = união ilícita, proibida pela lei de Deus (1Co5;1, Dt22:30, Lv18:8, Dt27:20).

3. Fornicação = Todo tipo de pecado sexual incluindo o adultério (1Co6:13-18, Nm25:1)

4. Fornicação = Prostituição e comércio sexual de prostitutas. A palavra prostituta em grego é “porne”, tem a mesma raiz de “porneia”. (Lc15:30, 1Co6:16).

5. Fornicação = Infidelidade espiritual, idolatria (Jr3:6, Ez 23, Ap17:1-2)

Fica claro que não se pode dar à palavra fornicação a soma de todos esses significados.

Pois bem, quem é a autoridade que determina qual o significado da palavra “fornicação” em cada caso, ou pelo menos na cláusula de exceção que estamos considerando? A interpretação correta é dada pelo sentido lógico o próprio texto, do contexto e do resto das Escrituras.

Cristo afirma em Lc16:18 que “Todo aquele que repudia sua mulher e casa com outra, comete adultério; e quem casa com a que foi repudiada pelo marido, também comete adultério”. Observemos que o adultério cometido por um homem não libera a esposa inocente para poder casar-se com outro.
O mesmo texto de Mt19:9, se lermos com cuidado, nos impede de darmos á palavra fornicação o significado de adultério, pois ainda que o marido haja cometido adultério ao divorciar-se e casar-se com outra mulher, Cristo adverte que a mulher repudiada e inocente comete adultério se se casar com outro.

Portanto, não se pode considerar o adultério como motivo de divórcio com a possibilidade de contrair novo matrimônio.

De acordo com o sentido do texto e de outros textos comparativos, a palavra fornicação em Mt19:9 e 5:32, não tem o significado de adultério. Os dois possíveis sentidos são: Ter praticado relações sexuais sendo solteiro(a), ou estar em uma união ilícita, que deve ser dissolvida.
É também importante notar que Jesus nunca disse “a não ser por causa de adultério” (grego “moicheia”), e sim “a não ser por causa de fornicação (grego “porneia”). E quando uma pessoa divorciada se casa com outra nunca disse “porneia”, e sim “moicheia”.

As próprias declarações de Jesus impedem de darmos a palavra “porneia” em Mt19:9 e 5:32 o significado de adultério.

Isso explicaria o que foi dito por Moisés: “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio...”. O que pode um homem encontrar de indecente em uma mulher ao casar-se com ela? O sentido mais provável é que descubra que sua mulher não é virgem. Quando aparecia esse tipo de situação ao casar-se, existiam dois procedimentos a seguir segundo a lei: Se o casal estava em litígio, o marido poderia enfrentar um julgamento público. Se a questão fosse sem litígio, e ele não a quisesse como esposa, deveria escrever uma carta de divórcio e despedi-la definitivamente.

Dt22:13-21 explica o procedimento a ser seguido em caso de litígio entre o marido e a mulher e que requeria para sua resolução um julgamento oficial. Se fosse comprovava a inocência da mulher e sua virgindade, ele deveria pagar uma multa ao pai dela “e ela ficará sendo sua mulher, e ele por todos os seus dias não poderá repudiá-la” (v19). Mas se fosse demonstrado que ela não era virgem no momento em que se casou, devia ser apedrejada e morta (v20-21).

Dt24:1-4 fala de outro procedimento a seguir quando surgia o problema. Se o marido quisesse anular o casamento recente “por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa”, que ela não negava, escrevia uma carta de divórcio e ambos ficavam livres.

Cristo se refere a esses casos ao dizer “a não ser por causa de fornicação”. Ou seja, somente nessas circunstâncias se o home se divorcia e se casa de novo não comete adultério e se a mulher repudiada se casa com outro não comete adultério (nem o que se casa com ela). Naturalmente, o marido tem outra possibilidade: perdoá-la e recebê-la como sua esposa.

De modo que o ensino de Moisés e o de Cristo coincidem. Cristo não contradisse Moisés, mas o confirma e o esclarece.
Por que Mateus é o único a incluir a cláusula de exceção?

Na minha opinião, como Mateus escreve seu evangelho para os judeus, toma o cuidado de mencionar a exceção para que não pareça que houvesse uma contradição entre Moisés e Jesus. A cláusula de exceção na verdade tem um uso prático e muito remoto.

Qual era a intenção da lei em Dt22:13-21 e Dt24:1-4 ?

1. Advertir todas as meninas e donzelas de Israel a manterem sua virgindade até o dia do casamento.

2. Que se alguma donzela tivesse pecado e perdido sua virgindade, sabendo os riscos que corria, confessasse, antes de casar, seu estado ao seu pretendente (o mesmo devia fazer o marido).

3. Que no caso em que a mulher estivesse em falta e o marido não a quisesse como esposa, houvesse uma opção pacífica para resolver o conflito sem necessidade de recorrer ao julgamento público e a conseqüente pena de morte.

4. Proteger a mulher repudiada para que o homem que a houvesse repudiado não tivesse, dali em diante, mais nenhum direito sobre ela.

5. Deixar ambos livres para contrair novo patrimônio, pois praticamente se tratava de uma anulação do casamento recém realizado.
3) As Instruções do Apóstolo Paulo


1 Coríntio 7

Esta é a passagem mais extensa e talvez a única das epístolas que aborda essa questão. Pelo que disse n 1º versículo, Paulo está respondendo uma série de questões que os irmãos de Corinto lhe haviam feito. Trata-se de uma das poucas ocasiões em que Ele distingue com clareza o que disse o Senhor e o que é sua opinião pessoal.

Enquadrado dentro desse conselho pessoal, Paulo recomenda aos solteiros, às donzelas e às viúvas que, se elas têm o dom de continência, sigam seu exemplo de manter-se celibatário, pois “o tempo é curto”, e para dedicar-se ao Senhor. Mas deixa muito claro que, se casarem, “não pecam”; se casarem “fazem bem” e se não casarem “fazem melhor”. Mas em nenhum lugar diz aos divorciados que se se casarem não pecam.

Nos vs10-11 fala da situação dos casados: “Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido; se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher”.

O Senhor disse claramente “que não se separem”. Mas se a separação de qualquer forma ocorrer, seja por desobediência ao Senhor, ou porque a convivência se tornou insustentável, ou porque o cônjuge incrédulo decide se separar o s divorciar; as alternativas são duas: “fique sem casar ou se reconcilie com seu marido”.

A separação é um primeiro erro (que às vezes não se pode evitar). O novo casamento seria um segundo erro, muito mais grave do que o primeiro, que seria, segundo as palavras de Jesus, cometer adultério. Assim, Paulo enfatiza: "Ordeno não eu, mas o Senhor".

Nos vs12-16 o apóstolo aborda uma situação pontual: o caso de um casamento em que um dos dois se converte e o outro não. Lendo cuidadosamente esses versículos vemos que:

1. O cônjuge crente não deve abandonar o não crente.

2. Se o cônjuge não crente se separa, o crente deve aceitar com paz essa situação.

3. Em nenhum lugar nesse capítulo se diz que o crente abandonado por seu cônjuge infiel pode voltar a casar-se.

Os que vêem no versículo 15 uma liberdade para se casarem com outro, estão tirando o texto do contexto. Nos vs10 e 11, Paulo deixa bem estabelecido que se acontecer a separação, deve-se ficar sem casar.

Aqueles que argumentam que a palavra grega “corizo” significa “separação por divórcio vincular”, se equivocam, pois o mesmo verbo “corizo” aparece nos vs10 e 11 do mesmo capítulo, onde se diz claramente que nenhum dos dois tem liberdade de casar-se de novo. Além disso, o mesmo termo é usado em At1:4 e 18:1 onde facilmente se verifica que não se refere a um divórcio vincular, senão simplesmente a uma “separação”, e às vezes uma separação temporária como a de Onésimo e Filemon. De modo que, à luz das declarações de Cristo, e do que foi escrito por Paulo em 1Co7:10-11, o verso 15 deve ser interpretado simplesmente como que uma mulher crente, abandonada por seu marido incrédulo, não está obrigada a continuar sendo sua esposa, pode ficar sozinha e em paz. Mas o texto não diz que está livre para casar-se de novo com outro homem. Os que afirmam tal coisa o fazem por uma simples dedução.

O único caso que Paulo explicitamente diz que a mulher está livre para contrair novo matrimônio é se ela ficar viúva: “A mulher está ligada enquanto o marido vive; mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor”.

Em Rm7:2-3, Paulo está falando de outro assunto, mas faz referência ao mesmo princípio: “Porque a mulher casada está ligada pela lei a seu marido enquanto ele viver; mas, se ele morrer, ela está livre da lei do marido. De sorte que, enquanto viver o marido, será chamado adúltera, se for de outro homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro marido”.

Paulo diz aqui exatamente o mesmo que Jesus (e não poderia ser de outro jeito). A mulher casada que, estando seu marido ainda vivo, se casar com outro homem, será chamada “adultera”. Tanto para Jesus quanto para Paulo a segunda união é um adultério.
4) Deus Odeia o Divórcio


No último livro do A.T., através do profeta Malaquias, Deus fala muito irado contra os sacerdotes de Israel. Em seu enérgico protesto lhes diz: “amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado...” (Ml2:2). Por que? No capítulo 2 de Malaquias ele lhes aponta concretamente três pecados: O fazer acepção de pessoas (v9-10). O profanar o santuário casando-se com mulheres pagãs (v11-12); e o divorciar-se de suas esposas (v13-16). Essa passagem é tremenda:

“Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, para com a qual procedeste deslealmente sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito? E por que somente um? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis”.

“El Señor es testigo de que tú has faltado a la promesa que le hiciste a la mujer con quien te casaste cuando eras joven. ¡Era tu compañera y tú le prometiste fidelidad... El Señor, Dios de Israel, el Todopoderoso, dice : ¡Cuiden, pues, de su propio espíritu, y no sean infieles ; pues yo aborrezco al que se divorcia de su esposa y se mancha cometiendo esa maldad !” (versión D.H.H.)

Deus odeia o que se separa de sua esposa, porque falta em seu compromisso, ao pacto que fez ao casar-se com ela.
Simplificando, Deus odeia todo tipo de divórcio, e tolera unicamente a exceção estabelecida por Ele.
5) O Mínimo e o Ideal


Alguns sustentam que o ideal é não divorciar-se e passar toda a vida com o mesmo cônjuge, mas dada a realidade do pecado e a complexidade dos seres humanos, devemos ser mais flexíveis e admitir a possibilidade de que a pessoa possa refazer sua vida contraindo um novo matrimônio.
Eu pergunto: Quem é que manda, nós ou o Senhor? Qual é a palavra que define, a nossa ou a Dele?

Se para Cristo o divorciar-se e casar-se de novo é adultério, eu pergunto: o não cometer adultério é o ideal ou o mínimo que Deus exige?

Não diz a palavra de Deus que os adúlteros não herdarão o reino de Deus? (1Co6:9-10)

O ideal é que o marido ame sempre sua esposa como Cristo amou a Igreja.
O ideal é que La mulher sempre, com um espírito manso e tranqüilo, respeite seu marido e se sujeite a ele.
O mínimo que Deus exige é que não cometamos adultério abandonando nosso cônjuge e contraindo novo matrimônio.

Resumindo


1. Divorciar-se e casar-se de novo é cometer adultério.

2. Casar-se com uma pessoa divorciada é cometer adultério.

3. O repudiar o cônjuge é expô-lo ao adultério.

4. O adultério de um dos dois, não libera o cônjuge inocente para casar-se com outro.

5. Se um casal se separa, ambos têm apenas duas alternativas: ficar sem casar ou reconciliar-se.

6. Em um matrimônio misto, o cônjuge crente não deve tomar a iniciativa da separação.

7. A única exceção permitida de divórcio com a possibilidade novo casamento é quando ao casar-se, se descobre que houve imoralidade sexual; e essa permissão é por causa da dureza do coração.

O fato das leis de um país permitirem o divórcio vincular, não modifica em nada a situação dos cristãos, pois nós estamos sob o governo de Deus e de suas leis, que permanecem para sempre.

Para um estudo mais amplo sobre esse tema, recomendo o livro: “Hasta que La Muerte Los Separe”, por Keith Bentson, Editora Logos.

Escrito por Ricardo Meneghelli

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Em Cristo,
Felipe Wagner

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Ame-a Mais e Ame-a Menos


Para Karsten Luke Piper
Por Ocasião de Seu Casamento com
Rochelle Ann Orvis
29 de Maio de 1995

Ame-a Mais E Ame-a Menos

O Deus que amamos, e em

Quem temos vivido, e quem tem sido
Nossa Rocha nestes vinte-e-dois bons anos
Com você, agora nos propõe, com doces lágrimas,
Deixá-lo ir: “Deixará o homem
Seu pai e sua mãe, apegar-se-á
Então à sua mulher, e será
Uma livre e desembaraçada carne.”
Esta é a palavra de Deus hoje,
E estamos contentes em obedecer.
Pois Deus lhe deu uma noiva
Que responde a cada oração que clamamos
Por mais de vinte anos, nosso clamor
Por você, antes que soubéssemos o nome dela. 
Agora, você pede que eu escreva

Um poema — algo arriscado, à luz
Do que você sabe: que estou mais para
O pregador do que para o poeta ou
O artista. Estou honrado por
Sua bravura, portanto obedeço.
Não reclamo dessas doces limitações
De pares de rima e linhas metradas.
São velhos amigos. Eles gostam quando
Lhes peço que me ajudem mais uma vez
A dar forma aos sentimentos
E mantê-los duráveis e calorosos. 
Então nos encontramos recentemente,

E fizemos um dilúvio de amor e louvor
E conselho do coração de um pai
Fluir das orlas da arte.
Eis aqui uma porção da corrente,
Filho meu: um sermão poema. Seu tema:
Uma dupla regra do amor que choca;
Uma doutrina em um paradoxo: 
Se, agora, quer abençoar sua esposa,

Então a ame mais e ame-a menos. 
Se nos anos porvir, por alguma

Estranha providência de Deus, você venha
A ter as riquezas deste século,
E, sem dor, caminhar a passos largos
Ao lado de sua esposa, certifique-se com sua vida
De amá-la, ame-a mais do que a riqueza. 
E se sua vida está entrelaçada em

Uma centena de amizades, e teceres
Um tecido de festa a partir de todos
Os doces afetos, grandes e pequenos,
Certifique-se, não importando o quanto rasgue,
De amá-la, ame-a mais do que os amigos. 
E se chegar um ponto quando você

Estiver cansado, e a misericórdia sussurrar: “Faça
Um favor a si mesmo. Venha, seja livre;
Abrace os confortos aqui comigo.”
Saiba disto! Sua esposa vale mais do que essas coisas.
Então ame-a, ame-a mais do que a tranquilidade. 
E quando seu leito nupcial é puro,

E não há o mais leve encanto
De luxúria por ninguém que não seja sua esposa,
E tudo é êxtase na vida,
Um segredo tudo isso protege:
Vá amá-la, ame-a mais que o sexo. 
E se seu gosto se tornar refinado,

E for movido pelo que a mente
Do homem pode criar, e fascinado por
Sua destreza, lembre-se que o porquê
De toda essa obra está no coração;
Então ame-a, ame-a mais do que a arte. 
E se sua for algum dia

A destreza que todos os críticos concordam
Ser digna de grande estima,
E as vendas excedam seus sonhos mais loucos,
Cuidado com os perigos de um nome.
E ame-a, ame-a mais do que a fama. 
E se, para sua surpresa, não minha,

Deus lhe chamar por algum estranho desígnio
Para arriscar sua vida por alguma grande causa,
Não deixe que o medo nem o amor lhe parem,
E quando enfrentar o portão da morte,
Então ame-a, ame-a mais que o fôlego. 
Sim, ame-a, ame-a, mais que a vida;

Ah, ame a mulher chamada de sua esposa.
Vá amá-la com o melhor que você tem na terra.
Mas, além disso, não se aventure. Mas, para que
Seu amor não se torne a ilusão de um tolo,
Certifique-se de amá-la menos do que a Deus. 
Não é sábio ou gentil chamar

Um ídolo por doces nomes, e cair,
Como em humildade, diante
De uma imagem do seu Deus. Adore
Acima de sua mais amada na terra
O único Deus que concede a ela valor.
E ela saberá em segundo lugar 
Que seu grande amor também é graça

E que seus grandes afetos agora
Estão fluindo livremente de um voto
Debaixo dessas promessas, feito primeiro
Por Deus a você. Nem desaparecerão
Por serem enraizadas junto às correntes
Da Alegria Celestial, que você estima
E ama mais do que o fôlego e a vida,
Que você possa dar isto à sua esposa.
O maior presente que você dá a sua esposa

É amar a Deus acima da vida dela.
E então, o convido a santificar:
Ame-a mais amando-a menos.

Extraído do livro de John Piper, intitulado Preparando-se para o Casamento

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