A VIRGINDADE SE TORNOU ALGO ULTRAPASSADO


Essencial nos tempos passados, exaltada pela religião, exigida pelos homens, preservada pelos pais, enaltecida pela sociedade e guardada pela mulher como algo precioso, a virgindade era emblema de pureza e honra, incentivada e valorizada como algo fundamental em uma mulher solteira, especialmente nas sociedades que foram erguidas com base nos ensinamentos das principais religiões monoteístas; judaísmo, cristianismo e islamismo. Como estou escrevendo para mulheres estarei focando a virgindade feminina, e já de inicio é importante esclarecer, que nesse caso, a ideia de virgindade não está atrelada apenas a não violação do hímen, mas a compreensão de uma mulher que nunca foi submetida a NENHUM tipo de relação sexual.


Em um tempo em que a promiscuidade sexual é enaltecida, falar sobre virgindade parece inadmissível. Se para as gerações do passado a castidade até o casamento era louvada e incentivada, hoje isso cedeu lugar à libertinagem crescente. A invenção da pílula anticoncepcional possibilitou, na década de 1960, um movimento que ficou conhecido mundialmente como A Revolução Sexual, liderada pelo Feminismo, afetou todo o mundo ocidental, desafiando os códigos tradicionais de comportamento relacionados à sexualidade humana. A nova mentalidade que surgiu a partir dessa revolução comportamental foi uma maior aceitação do sexo antes do casamento, a normalização da homossexualidade, a legalização do aborto e outras formas alternativas de sexualidade. O novo método contraceptivo desassociou o sexo da procriação e assim as mulheres estavam livres para se relacionarem sexualmente sem o risco de engravidarem. Portanto, tudo isso representou uma perda significativa do poder de valores de uma moral enraizada nos preceitos cristãos e a geração transviada dos Anos Rebeldes, embalada pelo som de Elvis Presley e os Beatles, seu estilo psicodélico e muita droga, prometeu, com toda essa liberação sexual, o paraíso na terra. Mas as cinco décadas que seguiram, provam que o paraíso está longe de se estabelecer, onde os seres humanos são incentivados a viverem como porcos imorais.


Os problemas decorrentes dessa nova perspectiva de conduta moral foram desastrosos e desde a década de 60, cada vez mais experimentamos os seus frutos amargos:

Doenças – A liberação sexual facilitou a proliferação das doenças sexualmente transmissíveis. Com um número cada vez maior de mulheres disponíveis para o sexo fora do casamento, não tardou até que as sociedades “avançadas” começassem a sofrer com a disseminação das doenças venéreas.

Divórcio crescente – Desde esse período se tornou mais fácil à obtenção do divórcio e as pessoas cada vez mais inclinadas ao pensamento de que o casamento só deveria durar enquanto houvesse paixão e atração. E a indústria cinematográfica investiu pesado para convencer, especialmente as mulheres, de que “o importante é ser feliz” e “o que vale é a satisfação pessoal.”

Nudez em público – Foi se tornando cada vez mais natural a exploração do corpo e a exposição da nudez. As mulheres famosas, a partir de meados do século passado, receberam o conceito depreciativo de Sex Symbol (símbolo sexual), ou seja, aquilo que desperta nos homens o desejo sexual, apenas. Artistas como Marilyn Monroe e Brigitte Bardot abusavam da sensualidade expondo seus corpos e ditando o comportamento de uma geração de mulheres.

Doutrinação homossexual – Foi a partir dos anos 60, que começou a se configurar o movimento homossexual, sendo hoje inadmissível dirigir qualquer tipo de critica a uma pessoa que adotou esse código de comportamento sexual, leis injustas são reivindicadas e a democracia cada vez mais afetada para que o Estado atenda as exigências da agenda gay.

Legalização do aborto – Quando a moral chega ao nível do esgoto não é de estranhar que uma geração de mulheres proteste pelo direito de matar seus filhos em nome de sua “liberdade”, ou como elas vociferam: “meu corpo, minhas regras”.

Explosão de pornografia – A imoralidade desenfreada gerada pela Revolução Sexual alavancou a indústria pornográfica que passou a faturar bilhões por ano e a obscurecer ainda mais o imaginário já depravado dos seres humanos.

Hedonismo – Doutrina moral que visa como o único propósito da vida a busca pelo prazer, relativiza os valores morais e não consente com nenhum tipo de sacrifício em prol de outros, sendo o fim principal da vida a satisfação pessoal (egoísta). O que presenciamos hoje são as pessoas reivindicando o “direito” de serem felizes mesmo à custa da desgraça de outros.

Desvalorização da mulher – Diferente do que a doutrinação feminista ensina, a mulher do passado era muito mais valorizada do que a desses tempos modernos. A figura feminina era honrada nos poemas antigos, retratada com ternura nas melodias, simbolizada por seres míticos como fadas e sereias e tão respeitada pelos homens que na sua presença eles mudavam o linguajar ao julgar indigno que determinados assuntos fossem falados diante de uma mulher, não porque ela não fosse capaz de entender e discutir, mas porque para eles era desonroso em contraste a ideia delicada e pura que sempre foi associado à mulher. Mas hoje as coisas já não são bem assim, as músicas, por exemplo, contém letras tão depreciativas sobre a mulher que os nossos princípios nem ao menos nos permite menciona-los e se houver uma palavra que pode definir as mulheres (maioria esmagadora) do século XXI, seria: Vulgaridade.

Enfraquecimento da família – Todos esses flagelos morais, é claro, afetaram desastrosamente a família, enfraquecendo seus laços e reduzindo seus valores. O casamento perdeu seu lugar proeminente na perspectiva das mulheres, que passaram a objetivar uma carreira profissional bem sucedida e deixando o casamento para mais tarde e quando casam, pois o ideal da relação moderna é “morar junto” enquanto dá certo. A criação dos filhos passou a ser responsabilidade das babás e a ausência dos pais tem se mostrado extremamente prejudicial.

Estas mudanças dessacralizaram a virgindade que adotou um valor negativo e hoje é vista como inadequada. A geração dos anos 60, com sua ideologia revolucionária prometeu mudar o mundo, e conseguiu, mas, para pior! A “Liberação Sexual” não trouxe liberdade, mas só escravidão, subjugando seres racionais a meros escravos sexuais dominados pelos seus desejos, pessoas sem controle sobre o próprio corpo, sem freio, sem temor.

O elevado padrão moral do cristianismo prescreve a virgindade até o casamento para ambas as partes (homem e mulher). O modelo perfeito de matrimônio está figurado na relação entre Cristo e Sua Igreja. Ele o Noivo Puro e Santo, ela a noiva virgem, imaculada, sem mancha e intocável, esperando o tempo para ser desposada (II Co 11:2; Ef 5:27). Seguindo a grandeza desse magnífico exemplo é preciso mostrar as jovens da nossa geração a beleza que há na castidade até o casamento. Que bonito é ser inocente, é não ter malicia, é lutar contra as tentações vencendo a carne. Que a felicidade está em obedecer a Deus e ser semelhante a Jesus, amar o que Ele ama e odiar o que Ele odeia. Vocês não precisam ser sexualmente experientes, enquanto solteiras, preservem sua virgindade, guarde-a para o seu futuro marido. O seu corpo só deve ser tocado pelo homem com o qual você estiver comprometida pelo matrimônio, antes disso ele deve ser proibido e inalcançável.

As moças que ainda são virgens permaneçam assim até o casamento, não importando o que o mundo determinou como certo, você não deve cair na tolice de tentar atender as expectativas da nossa sociedade caída e que a cada dia despreza mais e mais os resquícios de valores morais que ainda lhe resta. Busque a pureza de sua mente, “pensando nas coisas lá do alto” (Cl 3.2), procure se aprofundar na comunhão com Deus, não negligencie o momento particular de oração e trate com especial atenção o estudo da Escritura, assim você será cada vez mais cheia do Espírito Santo, Ele imprimirá em ti as evidencias de Sua presença na tua vida e terás forças para resistir às tentações e vencer o pecado. Ame a sua condição de virgem e não deixem o mundo te fazer sentir vergonha, lembre-se que essa é a vontade de Deus para você enquanto solteira, e o fato de saberes que isso desagrada a Deus deve te fazer abominar essa prática.

- Sonaly Soares

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