Certamente você já ouvir falar sobre o rei Davi. Segundo dos reis de Israel, segunda dinastia, pois o primeiro rei, Saul, tinha desobedecido a Deus e, por isso, foi rejeitado. Davi é mencionado em Atos 13.22 como homem segundo o coração de Deus. Humilde, pastor de ovelhas, é retirado do campo para ser rei de Israel. Coração ensinável, pronto a arrepender-se de seus pecados. Compôs a maioria dos salmos registrados na Palavra de Deus. Um desses salmos, o número 55, nos mostra um Rei Davi de coração arrebentado. Ele se confessa perplexo, perturbado, oprimido pelo inimigo, hostilizado furiosamente, sob medo de morte, horrorizado. (versos 2 a 5).
Um dos maiores inimigos de Davi foi seu próprio filho, Absalão, que se revoltou contra ele e aplicou um golpe de Estado, chegando a destronar o próprio pai e a persegui-lo, para matar. Nesse Salmo Davi menciona o inimigo como pessoa que tinha sido seu amigo íntimo, "juntos andávamos, juntos nos entretínhamos", ou seja, tinham uma vida de companheiros tanto no trabalho como no lazer e, portanto, esse "agora inimigo" o conhecia muito bem, conhecia seu caráter, sua vida pessoal... jamais poderia se levantar contra ele! Isso tornava a situação mais dolorosa ainda. (versos 12 a 14). Surgem, então, algumas alternativas diante do sofrimento. Todas são possíveis, porém somente uma é eficaz. E são bem conhecidas por nós. Aliás, a Bíblia funciona também como um espelho para a nossa alma.
1. Fugir do sofrimento - Davi diz: "Quem me dera asas como de pomba! Voaria....fugiria para longe e ficaria no deserto. (versos 6 e 7). Conhece essa "solução"? Quem dela se utiliza se esquece de que a "bagagem" vai junto por onde quer que ele voe! A fuga jamais foi e nunca será solução para qualquer que seja o sofrimento e o problema. Existem muitas "formas" de fugir: literalmente mudar-se, ir embora; afundar-se em "coisas" (drogas, entretenimentos, "desculpas", trabalho) e nada funciona de fato!
2. Identificar o "inimigo" - (versos 12 a 14) Há aqueles que julgam que achando o culpado, entendendo a situação, a dor é aplacada. Na realidade, às vezes pode até piorar. Se Deus nos revelasse TUDO o que está por trás de certas coisas, creio que a gente não suportaria. Sim, conhecer, até certo ponto as raízes dos problemas podem nos ajudar na solução deles, mas não será isso, por si só, a vitória. Agindo assim, corremos o risco de ficar eternamente pensando, analisando o problema, como começou, quais as causas, etc. etc., e vamos nos iludindo, creditando que estamos resolvendo a questão, mas estamos, na verdade, apenas amenizando seus efeitos dolorosos e "armazenando" o seu conteúdo em algum compartimento do coração. Um dia ele vai brotar, como uma "raiz de amargura".
3. Esperar que o inimigo pague pelo que fez (verso 15). Misericórdia! A vingança, ou mesmo o desejo por ela, deve ser totalmente erradicada de nosso coração. A Deus pertence a vingança, deixemos que Ele trate do assunto. Em outro Salmo, o de número 37, Davi diz que Deus "fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito como o sol, ao meio-dia" (verso 6). Ele fará isso àqueles que entregam seu caminho ao Senhor.
4. Orar! Ah! O alívio da oração! "Eu, porém, invocarei a Deus, e o SENHOR me salvará". (verso 16). Esse é o caminho para passarmos pelo sofrimento, pela dor, por mais agudos que sejam. Esse caminho não falha. Jesus, à beira de ser preso e enfrentar a hora e o poder das trevas, foi para o Jardim do Getsêmani, onde COSTUMAVA sempre ir, para orar! Daniel continuava a orar três vezes por dia, como costumava fazer, quando veio a ameaça de morte sobre ele. (Daniel 6.10). Que o convite de Davi, sob a inspiração do Espírito do Senhor, seja como uma fagulha incandescente no seu coração, levando você a juntar as palavras de Pedro em sua primeira carta 5.7 e ver a linda concordância da Palavra de Deus! Opte pela solução eficaz:" Confia os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado" (verso 22)
- Miriã Almeida
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