quinta-feira, 29 de maio de 2014

A fonte do contentamento é Cristo




Queridos irmãos,

Compartilho com vocês mais um artigo precioso que guardo em meus arquivos. Dessa vez sobre contentamento. Que o Senhor nos dê corações contentes e satisfeitos nele!

Contentamento: autarkes, autarkeias”, “autarkes”, “autarkeias” – suficiente para si mesmo; forte o bastante ou que produz o suficiente para não necessitar de auxílio ou apoio; independente de circunstâncias externas; contente com sua sorte ou fortuna com os recursos de que possui, ainda que limitados.

I – O QUE É CONTENTAMENTO E QUAL SUA FONTE

“Contentamento” não é uma expressão de alegria intensa, de júbilo, mas, sim, de preenchimento, de saciedade, de suficiência.
De fato, contentamento não tem a ver, essencialmente, com alegria ou tristeza, com ter muito ou pouco, mas com a confiança de que a providência de Deus sempre garantirá os recursos e meios necessários para nosso sustento e para o cumprimento de Seus propósitos em nossa vida.
Encontramos, ao longo da história do povo de Deus, expressões marcantes desse contentamento buscado e experimentado no Senhor:

·“O Senhor é meu pastor, nada me faltará” (Salmo 23:1).
-- “No teu nome e na tua memória está o desejo da nossa alma” (Isaías 28:8).
-- “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Salmo 42:2).
-- "Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida” (Salmo 27:4).
· - “Minha graça de basta” (2ª Coríntios 12:9).
“Pouco é necessário ou mesmo uma só coisa” (Lucas 10:42).
--  “O tesouro oculto” (Mateus 13:44).
-- “A pérola preciosa” (Mateus 13:45-46).

A fonte do contentamento é a comunhão íntima como o Deus Todo Suficiente. Um autor do século XVII, Jeremiah Bourrougs, escreveu um livro sobre o contentamento a que chamou de “jóia rara do cristianismo”. Essa obra tem uma edição resumida, em português, com o título “Aprendendo a Viver Contente”, publicada pela PES, e vale a pena ser lida.
O contentamento, nas palavras do Apóstolo, é um aprendizado, produto de experiências ao longo de uma caminhada com Deus, da vivência de Seu chamado. Seus frutos são excelentes para a vida do discípulo, tornando-o uma pessoa plena em Deus.
Por outro lado, o descontentamento é uma condição nefasta para a alma, produto de falta de fé e de inclinações e temores carnais, e coloca a pessoa em graves riscos de pecado e de debilidades.

II – VIVENDO NUM MUNDO DE DESCONTENTES

O “descontentamento” é uma filosofia de vida e um pseudo valor imposto pela sociedade moderna, que se move pelo materialismo, pelo consumismo e pela busca constante de satisfação egocêntrica.
A propaganda a que todos somos continua e intensamente submetidos tem como objetivo nos manter permanentemente descontentes e insatisfeitos:

·         Com o que temos
·         Com o que fazemos
·         Com o que somos em termos de aparência, imagem, personalidade etc.
·         Com nossas realizações pessoais
·         Com onde vivemos
·         Com nossos relacionamentos

Esse descontentamento, induzido continuamente, move a máquina do poder econômico e político numa sociedade capitalista e midiática.A filosofia fundante dessa mentalidade é o humanismo romântico, secular, materialista, hedonista, egocêntrico. Ela produz uma desconexão com a realidade, incentiva vidas artificiais, virtuais. Esse quadro de descontentamento é triste na infância, pois faz com que as crianças desde cedo sejam estimuladas ao consumismo, à satisfação de todos os desejos e vontades, a uma visão secular e materialista da vida. Não aprendem a reconhecer a graça de Deus e os valores espirituais.É perigoso na adolescência, uma vez que faz os jovens caminharem rapidamente para as drogas, para a busca desenfreada de prazer, para o consumismo. Sentem-se desajustados, deslocados, incompletos, vazios, não se conformam com sua vida, aparência, condição social etc. O descontentamento é doloroso no meio-dia da vida, produzindo tristeza, desânimo, depressão, amargura, pessimismo. Traz a sensação de que todo o investimento de uma vida foi em vão e de que agora já não há mais tempo para consertar ou para buscar algo novo. Ele é trágico na velhice, pois retira todo o valor da existência, deixando apenas vazio e frustração. O descontentamento é desesperador na eternidade.

Que o Senhor nos ensine a viver contentes em qualquer circunstância, para sermos firmes e inabaláveis no amor e no serviço do Reino e para sermos pessoas cheias de Sua graça, de Sua paz e de Sua bondade.


Fernando Saboia - Pastor em Brasília

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